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SONHO DE SABIÁ Um sabiá diligente Voou pela vastidão Mas por inexperiente Caiu em um alçapão Depois de aprisionado Ficou mais martirizado Pensando no seu filhinho Implume, sem alimento Exposto à chuva e ao vento Sem poder sair do ninho Deram-lhe por seu abrigo Uma pequena gaiola No casebre de um mendigo Que só comia de esmola Só vivia cochilando Com certeza imaginando Sua liberdade santa Ia cantar, não podia Que sua voz se perdia Logo ao sair da garganta Tornou-se a pena cinzenta Em seu profundo castigo Na saleta fumarenta Da casa do tal mendigo Sempre triste, arrepiado Nesse viver desolado Ia um mês, vinha outro mês Assim completou um ano Sentindo o seu desengano Nunca cantou uma vez Depois, uma tarde inteira O pobre do passarinho Sonhou que ia à palmeira Onde tinha feito o ninho Olhava, em frente, as campinas Via por trás das colinas A Natureza sorrindo Ao sentir a liberdade Pens